sábado, 12 de junho de 2010

Quem foi Leonhard Euler



Nascido a 15 de Abril de 1707, em Basil, na Suíça, Euler foi sem dúvida o maior matemático do século dezoito. Com 886 trabalhos publicados, a maioria deles no final de sua vida, quando já estava completamente cego, Euler foi tão importante não apenas para a matemática, mas também a física, engenharia e astronomia, que termos como: Número de Euler, Números Eulerianos, Fórmula de Euler, significam coisas diferentes de acordo com o contexto.
Seu pai era um padre calvinista que nutria esperanças de que seu filho o precedesse no clericato. Ele ensinou a Euler a matemática.Quando seu filho entrou na Universidade de Basel, estudou Teologia e a lingua Hebraica, e atendia a uma aula de uma hora por semana com Johannes Bernoulli. Ele fez amizade com Daniel e Nicolaus Bernoulli, e recebeu seu primeiro mestrado aos dezessete anos. Os Bernoullis, então, tiveram de persuadir seu pai a deixá-lo continuar com a carreira acadêmica. Aos dezenove anos, Euler recebeu menção horosa por uma solução que enunciou a um problema posto pela academia de Paris. Mais tarde, ele ganhou o primeiro prêmio nesta mesma competição doze vezes.
Os Bernoullis conseguiram para Euler uma posição de pesquisa na Academia de São Petesburgo, mas em Medicina, sob o reinado de Catarina I. Porém, ela morreu logo após, e uma regime de condições caóticas se seguiu, com Euler passando à seção de matemática da Academia. Euler quis por muito tempo retornar à Europa, mas os constantes nascimentos de seus filhos o impediram. Porém, este foi um período extremamente produtivo para ele - era perigoso falar ou até mesmo sair às ruas, portanto Euler concentrou seus esforços na pesquisa e desenvolveu hábitos que manteve pelo resto de sua vida. Euler também escreveu livros didáticos para escolas russas, supervisionou o departamento de geografia do governo e ajudou a revisar o sistema de pesos e medidas. Ele permaneceu na Rússia até 1740, quando aceitou o convite de Frederico O Grande para entrar na academia de Berlin, aonde passou os próximos 24 anos. Euler, porém, não era tão sofisticado quanto os outros membros da corte de Frederico e estes anos não foram totalmente agradáveis para ele. Porém, ele viveu relativamente bem e manteve uma casa em Berlin assim como uma fazenda. A situação na Rússia melhorou muito durante este período, e em 1766 Catarina A Grande o trouxe de volta à São Petesburgo. Ela deu a ele (e a seus 18 dependentes) uma casa mobiliada, e até mesmo um cozinheiro próprio.
Em 1735, Euler perdeu a visão de um de seus olhos, e, logo após seu retorno à Rússia, a visão em seu outro olho começou a deteriorar. Euler sempre teve uma memória excepcional, e era capaz de fazer enormes cálculos de cabeça, logo ele se preparou para sua futura cegueira aprendendo a escrever fórmulas em uma tábua e ditar matemática a seus filhos ou secretária. Ele foi cego pelos últimos 17 anos de sua vida, e durante este tempo sua produtividade somente aumentou.
Euler foi um cristão por toda a sua vida e frequentemente lia a Bíblia a sua família. Uma história sobre sua religião durante sua estada na Rússia envolve o dito filósofo ateu Diderot. Diderot foi convidado à corte por Catarina, mas tornou-se inconveniente ao tentar converter todos ao ateísmo. Catarina pediu a Euler que ajudasse, e Euler disse a Diderot, que era ignorante em matemática, que lhe daria uma prova matemática da existência de Deus, se ele quisesse ouvir. Diderot disse que sim, e, conforme conta De Morgan, Euler se aproximou de Diderot e disse, sério, em um tom de perfeita convicção: "( a + bn ) / n = x, portanto, Deus existe". Diderot ficou sem resposta, e a corte caiu na gargalhada. Diderot voltou imediatamente à França.
Euler teve contribuições à várias áreas da ciência, incluindo dinâmica dos fluidos, toeria das órbitas lunares (marés), mecânica, "A teoria matemática do investimento" (seguros, anuidades, pensões), bem como essencialmente todas as àreas da matemática que existiam naquela época. Ele permaneceu são e alerta até o fim da sua vida, quando morreu de um derrame aos 76 anos. O trabalho ativo de Euler provocou uma tremenda demanda da academia de São Petesburgo, que continuou publicando seus trabalhos por mais de 30 anos após sua morte

2 comentários: